Sobre amores que não vivi!



Tenho quase certeza que a adolescência de muita gente se resume em amores que não deram certo, namoros que acabaram sem explicação ou até mesmo amizades que acabaram por conta de um amor mal vivido. Com minha pouca experiência nessa fase apelidada por minha mãe de "aborrecência", posso dizer que deixei de viver muitos amores. Essa é a fase em que tudo se complica e vira amor não correspondido. Deixei de amar pessoas por acreditar naquilo que todos diziam, deixei de amar algumas peças de roupa por achar que elas me davam uns 5 quilos a mais, por um tempo deixei de amar o espelho e a balança; combinação que sempre me deixava pra baixo.

Foram amores que vivi, ou melhor não vivi, apenas por tentar entender aquilo que não se explica, aquilo que se sente e fim. Esse texto não é sobre amores de homens e mulheres, nem sobre homens e animais, e sim sobre tudo aquilo que considerei amor e não vivi. Nesse curto tempo que já vivi ainda não sei dizer oque é amor, não sei dizer se já vivi um amor. Mas quando digo que amei aquela blusinha ou aquele carinha que esbarrou em mim no shopping, é apenas a força do hábito afinal não senti aquilo que todos dizem ser sintoma de amor, meu coração nem disparou e meus olhos não brilharam. Foi só aquela coisa de sorrir e achar que aquilo me faria feliz.


Mas aqui, só entre a gente, não me arrependo de não ter vivido todos esses amores. Se briguei com aquele carinha foi porque alguma coisa nele não me encantou, se não me senti bem com aquela calça foi só porque aquele dia estava quente demais pra usar uma calça. E se briguei como o espelho e com a balança, ah! Isso é normal, temos discussões todos os dias.